As faces da Síndrome ou Transtorno do Pânico

O pânico é um estado crítico do medo e certamente um agravante para saúde mental podendo influenciar toda a vida da pessoa e os que estão ao seu redor pelo susto que causa. Pensamentos horríveis tornam-se um ponto fixo de onde a pessoa não consegue se libertar até que se afaste da causa do medo.
É importante entender que a palavra Síndrome significa um conjunto de sintomas ou sinais que não representam uma doença e sim uma condição médica. A Síndrome do Pânico caracteriza-se por um conjunto de vários sintomas, tais como: Dor e aceleração cardíaca, medo, sudorese, respiração ofegante, sensação de morte, amortecimento nas extremidades do corpo, rigidez muscular, tontura e falta de ar, etc.
A palavra Transtorno já predispõe que há um conjunto de sintomas que revelam uma desordem neurológica, decorrente de traumatismos ou doença cerebral adquirida. O transtorno do Pânico já é algo muito instalado e que gera a necessidade de uso de medicamentos para o seu controle, portanto, uma doença. Pessoas com TOC  (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e hipertireoidismo podem causar crises de pânico/ansiedade.

Ansiedade + medo
 Você já viu uma pessoa sentindo um medo  enorme infundado,    e não conseguiu o auto  controle? Muitas  pessoas estão  predispostas  à síndrome e pode ser desencadeada  depois  de  passar por situações traumáticas ou  estressantes,  sem tempo  definido para tal,  como perdas de pessoas queridas,  desemprego, assaltos ou sequestros, acidentes, fobias,  engarrafamentos, animais, multidão, bloqueio da liberdade de   ir e vir (prisões psicológicas ou físicas),pré ou pós cirurgias,etc.

Durante a crise de pânico a pessoa sente grande dificuldade em dominar o ambiente ou a situação em exposição e encontra-se com uma ansiedade aguda, gerando diversas formas de pensar e se comportar. As crises podem durar de 15 a 30 minutos e podem acontecer toda vez que se está exposto ao objeto ou situação que acarreta o medo. 
Como lidar com pessoas que sofrem de pânico? Já se pode enfatizar que sozinho será praticamente impossível, pois a pessoa precisa passar por um processo pelo qual exige um profissional de Psicologia para ajudá-lo com técnicas de reaprendizagem cognitiva. Mas você pode ajudar a pessoa durante a situação protegendo-a, acalmando-a e dizendo que nada vai lhe acontecer de ruim e que a situação vai passar em pouco tempo. Mas observe que essa ajuda só poderá ser feita desde que você saiba que essa pessoa já esteja identificada clinicamente com a síndrome ou transtorno do pânico. Caso contrário o ideal é encaminhá-la para um ambulatório hospitalar afim de verificar se seria uma questão médica como ataque cardíaco, por exemplo, pois os sinais são muito parecidos.
Como a síndrome do pânico varia muito na sua intensidade, nem todos sentem os mesmos sintomas. A crise do pânico pode ser classificada em leve, moderada, grave e muito grave. À medida que o pânico se agrava, diminui o seu raio de ação, ficando bloqueados à mercê de seu “inimigo oculto”.
O medo tem sua medida entre ser bom, conseguindo seu controle e alertando sobre alguns riscos normais do dia a dia e pode ser crítico, a ponto de achar que o risco vai acabar com sua vida, mesmo que não seja real (pânico). São extremos entre o normal e o patológico, portanto quando não houver mais auto controle é bom ficar atento para que se possa imediatamente fazer o devido tratamento antes que se perca a total estética de vida.
Claudia Basso - Psicóloga Clínica - CRP08/18104